sábado, 13 de outubro de 2007

BLAKE
RIMBAUD

( banda de poesia elétrica primitiva)
(quita-feira) 18 de outubro de 2007
21 horas
No CAFÉ CULTURAL
Avenida Gomes Freire, 205
Lapa- Rio de जनेइरो

O poeta Cantor Voluntário da Pátria
EDU PLANCHÊZ e sua banda
de poesia elétrica primitiva BLAKE RIMBAUD
se apresentarão nessa próxima
quinta feira 18 de outubro de 2007
no CAFÉ CULTURAL
( Avenida Gomes Freire, 205-
Lapa- Rio de Janeiro ).
( preço 10 REAIS)
Contato: (21) 9218-36-42
Obs: O microfone estará aberto para os poetas de plantão


RELIASE
banda
B L A KER I M B A U D
p o e s i a e l é t r i c a p r i m i t i v a
Um poeta/cantor e quatro músicos, uma família que se encontra na vida e no palco sob o signo do visceral para saudar o existir, questionar os valores vigentes, bradar por justiça, liberdade, consciência e atitude.
Edu Planchêz, poeta seguidor da tradição dos grandes poetas visionário, lidera essa banda de “poesia elétrica primitiva” pelo puro prazer de derramar sobre a sensibilidade das pessoas tonéis de poesia, usando para isso a voz e a engenharia sonora dos irmãos músicos. As canções de autoria de Edu Planchêz e parceiros é um convite ao intenso, ao deliro e a reflexão. Armados de um Rock hibrido desconcertante, com toques do maracatu, do blues, de cantos indígenas e outros sons da terrestres, essa banda eficiente, durante uma hora e quarenta e cinco minutos, vai abrindo os portais da literatura universal e do auto-conhecimento, sem deixar de lado o furor urbano, a profecia, a ode a natureza interna e externa.
“O POETA É A ANTENA DA RAÇA”!
“As flores vicejam mais nas páginas dos poetas
do que nos jardins verdadeiros।”

Sob o signo da transformação e do delírio nasceu a banda de poesia elétrica primitiva BLAKE RIMBAUD, banda essa criada por Edu Planchêz poeta cantor ativista, seguidor dos mestres visionários da poesia, da filosofia e da música. Edu Planchêz também integra o grupo “Voluntários da Pátria”, grupo esse criado pelo cantor compositor Tico Santa Cruz, (vocalista da Banda Detonautas) e um grupo de poetas formados por Tavinho Paes, Betina Coop, Igor Coutrin, G rad Azevedo, Baiá Tonele, Pedro Poeta, Leprevost, Tiago Mocotó entre outros. Edu Planchêz está em turnê com o Voluntários da Pátria viajando por todo o Brasil, levando música, poesia e reflexões coletivas. “Os Voluntários da Pátria” ficaram conhecidos por organizarem atos publico pelas ruas do Rio de Janeiro e em outras cidades com o intuito de despertar a consciência e o questionamento. A Banda de poesia elétrica primitiva BLAKE RIMBAUD, foi criada no ano de 2003 tendo a sua primeira formação composta por músicos da cidade de Jacareí estado de São Paulo. Edu Planchêz mudou-se para o Rio de Janeiro no ano de 2004 com a intensão resgatar a carreira e conseguir novos músicos para compor a BLAKE RIMBAUD. Edu Planchêz participa da vida cultural do Rio de Janeiro e do Brasil a quase três décadas, formando bandas, fazendo recitais, criando movimentos, ongs, coordenando comissões de literatura, sendo conselheiro de Fundações Culturais, publicando livros de poesia, enchendo as páginas da internet de arte e loucura, caminhando pelas ruas por puro prazer.
Segundo Ícaro Odin Planchêz ( filho de Edu Planchêz, músico e poeta), a Blake Rimbaud tem nesse momento a melhor formação de sua história, com Danilo Lima (guitarra 1), Reinaldo Gore Doon (guitarra 2), Ivan Guilhon(baixo), Daniel Mendes (bateria) e Edu Planchêz (voz).
A Blake Rimbaud está determinada a tomar seu lugar na cena Brasileira e mundial, porque merece tal expansão। A Blake Rimbaud é fruto do trabalho, do estudo, da pesquisa e do talento. Certamente estampará seu nome com grandes letras de fogo e poesia por todas as páginas e palcos do mundo vigente.

Banda de poesia elétrica primitiva
B L A K E R I M B A U D
Edu Planchêz- voz
Danilo Lima- guitarra
Reinaldo Gore Doon- guitarra
Ivan Guilhon- baixo
Daniel Mendes- bateria

Contatos para shows, matérias e entrevista:
Tels: (21) 9218-36-42 (21) 3233-10-53
E-mail: eduplanchez@yahoo.com.br
site: www.blakerimbaud.com.br

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

entrevista

Momento histórico
J o c a F a r i a e n t re v i s ta E d u P la n c h ê z


A HORA DOS DIAMANTES

“Nós, os Celebreiros, declaramos somente contar com a chama de nosso interior/Contamos apenas com o “mar de raios”, do sol do céu,
do sol de nossos corações brasileiros universais/Possuímos raízes profundamente fincadas/Determinamos cobrir esse país –Terra/
com as folhas de ouro da poesia/“Não avançar é recuar”/Nossas mãos, vozes, palavras, inauguram a comunicação de alma para alma/
Essa é a atitude de um celebreiro pau para toda obra/Essa é a nossa doce entrega/Nada ou ninguém é caso perdido/
Avancemos!/Caso queira,nos acompanhe/Avançaremos, e o que importa é avançar/Se desejar, nos chame de tropicalistas,
mangue-beat, nação-brasílis, homens-mulheres de pedra orgânica, ciclone invisível,
ou qualquer outra maravilha sem cotação na bolsa de Pequim/O fato é que estamos acordados
diante de uma terra cheia de estrelas e demônios estrelas./Nada à temer/
A Lei das Leis é a nossa pele selvagem/Nossos sonhos ganharão corpo no reino da matéria/Não abriremos mão, ser feliz é a nossa opção/
Infalivelmente os verdadeiros humanos serão evidenciados/ A voz do poeta é a maior de todas as vozes
porque a poesia é a maior de todas as revoluções” EDU PLANCHÊZ



Quem é Edu Planchêz? Onde nasceu? Onde cresceu?

Edu Planchêz é um homem simples, nasceu no mesmo bairro que nasceu o mestre Guinga, Jacarepaguá, Rio de Janeiro, Zona Norte. Edu Planchêz é um guerreiro incansável que segundo o mestre Dailor Varela não passa de um animal poético de versos livres e alucinados. Orgulhosamente ele é um dos maiores poeta cantor pensador de seu tempo, dedicou uma existência a essa “loucura”. Edu Planchêz é irmão do mundo, brasileiro universal, rebento do novo, uma ou duas crianças brincando com as próprias fezes, um ancião adorador de mitos e comédias mais velho que Enoke, um devasso revolucionário que ama fazer amor com orientais e negras sobre as copas das árvores. Edu Planchêz nasceu para quebrar a couraça da hipocrisia com suas artorianas mãos de Budha, com sua voz profundamente humana, com suas palavras intensas carregadas de ouro e lama. Edu Planchêz ainda está nascendo. Edu Planchêz cresce nas lagunas dos corações de seus fraternos amigos. “As pessoas que eu amo, amo bastante.” “Daqui do Rio de Janeiro eu estou te sacando!” Viva o Príncipe Luís Melodia!!!


Como vê a arte hoje?

Como sempre fiz, com os olhos da boca de minha alma de gás azul. Vivo no século XXI mas tenho braços e pernas espalhados por todos os séculos passados e futuros. Os verdadeiros artistas deveriam abandonar o egóico e partirem para o social, assim como faz o meu irmão Tico Santa Cruz ( Vocalista dos “Detonautas”) e seu grupo performático “Voluntários da Pátria” grupo do qual faço parte. Jim Morrison disse: “Quando os assassinos do verdadeiro reino obtém licença para agirem livres, mil mágicos surgem sobre a Terra!” Porra! Eu sou um desses Mágicos! Você também é?!?! Se acreditar... “Todo jornal que eu leio diz que a gente já era, que não é mais primavera...a gente ainda nem começou!” DEFITIVAMENTE, NÃO É O FIM, É HORA DE DESPERTAR, DE APONTAR TODAS AS LANÇAS INCENDIÁRIAS PARA OS OLHOS DO SOL HUMANO. A arte e seus criadores são sacerdotes, é preciso que haja essa compreensão. Medo de quê? Acredito que estar enterrado numa carceragem, nos equinócios de um hospício, nos trapos de um leito hospitalar ou nos egoísticos acordes de si mesmo, é degradante.


Como vê a internet?

Tanta gente falando de Internet... “que depois da roda e da televisão é a maior de todas as invenções”...deve ser.Vivemos a Era da comunicação, a Internet veio para facilitar a vida, mas ela não tem vagina, não tem cérebro, não tem pernas, não tem braços, não tem pau, não tem bunda: sou mais eu, sou mais você. Caralho, a Internet é uma ferramenta de trabalho fuderosa, para nós escritores tarados é uma maravilha. Ter o mundo sob a ponta dos dedos é excitante. Eu adoro. Gostaria que saísse leite de verdade do peitão que me ataca agora nessa tela faminta. Mas se eu quiser leite mesmo tenho que ir até a geladeira ou bater uma mística punheta.
Em tempo: Eu sou a maior de todas as invenções! Ou seria a sirírica?


Rio x Sampa?

Duas Terras queridas, dois pontos no mapa, duas canções, os aros das minhas orelhas. Vivo no Rio de Janeiro porque aqui enterrei o meu umbigo, amo essa cidade, suas histórias, ruas, pessoas e encantos. Recomendo a todos o livro “ Carnaval no Fogo - Rio de Janeiro uma cidade excitante”, livro este, escrito pelo genial jornalista Rui Castro. Nesse livro sê tem a real noção do que é viver na fabulosa RJ.
O estado de São Paulo, a cidade de São Paulo, minha segunda pátria: amo e odeio. Nas brenhas do estado de São Paulo inventei esse Demônio poeta vomitador de metais em combustão, trepando nas forquilhas das goiabeiras do quintal de nossa casa lá do Parque Novo Horizonte. Esse mesmo Demônio, correu pelas valetas do Jardim da Granja catando gravetos e lambaris raquíticas. Não posso negar, sinto falta da Mantiqueira majestosa, dos meus irmão e irmãs de luz e trevas, das mulheres que gentilmente me doaram suas bocas e pêlos. No estado de São Paulo nasci para a poesia, para o meu despertar espiritual e humano. Tenho grande gratidão a essa Terra e suas pessoas. Amigos das terras de São Paulo, saudades!


Como tá enxergando São José dos Campos hoje?

Com saudades, sem saudades. “Toda cidade é uma lenda.” São José dos Campos e todo o estado de São Paulo possuí muitos olhos provincianos, não gostou de me sentir vigiado-censurado. Dei muito e pouco recebi; fui escorraçado, humilhado por pessoas de mente estreita voltados apenas para seus próprios interesses. Hoje entendo Cassiano Ricardo, da sua aversão aos valores da sociedade joseeense, da forma que a cidade lhe cobrava só porque ele era “um corpo humano que venceu”. Cassiano Ricardo e sua poesia são maiores que São José dos Campos, que a burrice e os burros que tentaram me oprimir. Por onde ando nem todos conhecem São José do Campos, mas certamente conhecem ou ouviram falar de Cassiano Ricardo. Tenho um amigo ( o poeta CHICO CHAVES) que atualmente coordena o setor de Artes Plásticas da FUNART que funciona no prédio do Ministério de Educação e Cultura (MEC) aqui no Rio; ele afirma que Cassiano Ricardo é um moderno criador de imagens, de metáforas extravagantes, que não deve nada a nenhum poeta do mundão dos poetas visionários. Chico Chaves disse que Cassiano Ricardo precisa ser redescoberto. Na época que eu era conselheiro e coordenador da comissão de Literatura da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, levei a proposta do Chico Chaves para uma parceria entre o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo para fazermos um ciclo de exposição e debates sobre Cassiano Ricardo aqui no Rio de Janeiro, simplesmente fui ignorado, o professor Diniz ( que era o presidente) não tomou conhecimento, o conselho cagou. Não recebi de São José dos Campos o valor que mereço, mas reconheço que muito aprendi com a cidade, com algumas pessoas. Afirmo: os melhores filhos de São José dos Campos são meus irmãos irmãs amigos amigas! É uma pena que os interesses políticos tenham destruído uma Fundação criada pelos artistas, Fundação essa que fez trabalhos primorosos e que serviu de modelo para muitas outras Fundações do Brasil e do mundo, eu sou testemunha. Usar o nome de Cassiano Ricardo, dar o nome dele a uma fundação Cultural conservadora e a uma remota avenida é uma grande hipocrisia. São José dos Campos jogava pedras fedorentas em Cassiano, só porque ele era famoso, genial, amigo de pessoas influentes... A grande poesia de Cassiano Ricardo precisa ser lida, ela não carece dessas homenagens menores. Sugiro que mudem o nome da Fundação Cultural para Fundação Cultural Dailor Varela. Dailor Varela é meu padrinho, poeta de renome nacional. Quando Belchior esteve em São José dos Campos, perguntou-me no camarim do teatro Municipal: “ Aqui não é a terra daquele grande poeta? Respondi, “Cassiano Ricardo!?”, Belchior disse, “não”, Dailor Varela!!! Dailor foi o cara que me descobriu, que me entrevistou pela primeira vez quando era o responsável pelo caderno Vale Viver. Dailor precisa ser mais valorizado, ele é grandioso, homem de coragem, criador de extrema capacidade, irmão dos que ousam e do simples, ele está para muito além dos que usam a horrenda mortalha do poder. Para mim Dailor Varela é mais importante que Monteiro Lobato.
Dailor Varela, presidente das Nações Unidas dos Pássaros Comedores de Brasas Arreganhadas.


Leis de incentivo o que acha?

Não sei. Não quero falar sobre isso, deixo para o Franklin Josias e para o meu parceiro Eduardo Pane. Liguem o Gilberto Gil, para Beth Brait, para o Alcemir Palma, para o Cacá Diegues, para o Jarbas Passarinho, para o Golbery. Pesquisem na Internet. Só um comentário: A novela das oito é de longe melhor que a maioria dos filmes que foram patrocinados por essa dita Lei de Incentivos. Tenho acompanhado algumas pré-estréias que rolam toda semana no cine Odeon-BR (que fica aqui perto de casa), sinceramente, pouca coisa que vi me comoveu, gostaria de saber quem foi que falou que Caio Brant é cineasta. Porra, os caras pegam um montão de grana ( do Itaú, da Sabesp, BNDS) para fazerem aquelas merdas, filmes caretas defensores de padrões conservadores. O cinema é uma máquina cara, simples e complexa, requer profundidade, peso filosófico, magnitude tribal, xamânismo crônico, seriedade solar. Todas as glórias a Neville de Almeida, o mestre dos meus olhos curiosos. Neville, diretor célebre de “A dama do Lotação,” Navalha na Carne”, “Os sete Gatinhos”, “Matou a família e foi ao cinema 2”... e uma porrada de outros títulos iluminados. Encontro Neville sempre, com uma câmera digital no reino das mãos, captando tudo, ele vive entre os poetas, entre os da rua, ele é uma pessoa simples, não usa a sua celebridade para se isolar do mundo e das pessoas, ao contrário, não estagnou como a maioria dos que fazem sucesso. Orgulho-me de ter como amigo e irmão o mahatma Neville de Almeida. O Rio de Janeiro é lugar apaixonante, e seus habitantes...os peixes da lua cheia.



Como o mundo reage a sua poesia?

Calorosamente, com espanto, indignação, repulsa, desprezo, prêmios, comendas, tapetes vermelhos, pedradas, beijos na boca .Não tenho o que reclamar, minha poesia cumpre sua função junto a sociedade humana, ela é uma bunda na janela, um ouriço do mar de diamantes cravejado de pérolas e amigos. Escrevo em primeiro lugar para as minhas sonoras pupilas. Uns me chamam de psicodélico, outros de intenso romântico, outros de lunático, outros de “momo sexual”, e outras coisas que agora não recordo.
Abri o Orkut alguma horas atrás e me deparei com o seguinte comentário: “Você já leu o perfil do lunático Edu Planchêz, vocalista da banda-desgraça Blake Rimbaud?...” Joca, estou ficando famoso, pop, celebridade, farol das novas gerações, exemplo a ser seguido. Joca, eu sou apenas um andarilho que faz de suas palavras flechas perfumadas. Joca, pela poesia rompi com a minha família, fiquei por anos longe de meu filho, de mim foram arrancados amores, morei andando por muitas estações, usei farrapos, pedi esmolas, fiquei sem poder ir ao médico, ao dentista, pedi carona, roubei comida, fui trancado no manicômio. Não me arrependo de nada. A minha integridade, a integridade da minha poesia e da música que faço transcende esse tempo, seguramente se espalhara a todos os povos. Minha banda “Blake Rimbaud “ é a nova grande banda do Brasil. Acabo de publicar dois livro: “LATITUDES DO ESCORPIÃO” e “INDIO NEON”( segunda edição) que esta à venda na internet, é só me procurar no Orkut. Minha banda também está disponível para shows... www.blakerimbaud.com.br




Você é pop ou cult?
-Pergunte ao povo.


Por que não escreve mais aqueles ensaios maravilhosos que fazia
na pagina dois do Litter?
- Voltarei a escrever.


O poder público compra a consciência dos artistas?

A minha, não! Neste momento estou gravando dois discos, um de poesia, ou seja, os poemas que fazem parte do meu livro “Latitudes do Escorpião” estão sendo gravados por mim e por Grad Azevedo no apartamento dele na Glória, e também acabo de entrar em outro estúdio com os músicos da minha banda, a Blake Rimbaud ( os guitarristas Danilo Lima e Reinaldo Gore Doom, o baterista Daniel Mendes e o Baixista Ivan Guillon) com produção de Felipe Cavalieri ( atual produtor do cantor baiano Riachão), camarada que por muito tempo foi técnico musical produtor da Som Livre, ele assinou muitos discos que certamente estão e vossa estante, por exemplo: “Cantoria um e dois”, o encontro de Geraldo Azevedo, Xangai, Elomar, Vital Faria e Alceu Valença.



O que acha da burocracia nas artes?
Uma merda, mas há quem goste...


Considerações finais?
Um poema de meu novo livro “Latitudes do Escorpião”:


N a t e s t a d o s m u r o s

Tudo corre, tudo é mercado, Era digital:
ciflas astronômicas cobrem
os céus que antes eram cobertos de astros e bailarinas

Não quero esse mundo sem violas reais,
sem cadeira nas calçadas de Vila Isabel

Acordo diante de uma realidade há muito profetizada
Os homens deixaram seus cérebros serem tomados
por vermes de porco

Nada me curva, mundo apodrecido!

Amigo Irael Luziano,
irmão, as juras que fizemos estão impressas
na testa dos muros

Edu Planchêz

Fale-nos de novos artistas?

Destaco a cantora paraibana ELMA ALEGRIA,o violonista cantor compositor maranhense GRAD AZEVEDO,o ator performático IGOR COLTRIM, a cantora mineira que gravou uma de minhas músicas, a SANDRA GREGO, o poeta TAVINHO PAES ( autor de “Rádio Blá”,” Totalmente demais”, entre outros sucessos), o poeta pernambucano BRASIL BARRETO, o TICO SANTA CRUZ do Detonautas Rock Club, o poeta professor paraibano FLÁVIO NASCIMENTO, o poeta joseense DOUGLAS ELEOTÉRIO que está aqui pelo Rio cursando Letras na UFRJ e fazendo parcerias brilhantes com Antônio Cícero e Ferreira Gullar, a poetisa BETINA COPP, a cantora poetisa LIDOKA ex-Frenética, o poeta BAIÁ TONÉLI, o ator poeta EDUARDO TORNARGUI, o poeta cantor compositor LÉO MANDI, o poeta JOÃO MARCELO PLANCHÊZ ( meu irmão), o poeta intelectual GUEDES BUENO, as poetisas JOSEFINA DE MELO, DANIELA PENELUPPE, DIRCE ARAUJO, BETH SOUZA, BETH BRAIT, o múltiplo musicista MARCUS FLEXA, o poeta RICOLA, o poeta REINALDO SÁ, o poeta ZÉ MORAES, o compositor EDSON PRATA entre muitos outros aguçados criadores de respeito.
O Brasil e o Rio de Janeiro estão vivendo uma intensa febre de poesia: muitos saraus acontecendo, poetas e mais poetas derramando o leite da solidariedade sobre o rosto da cidade Mãe, do país Pai.


O que anda compondo?
Algumas novas canções, eis a letra de uma delas:

CADEIA


150 pessoas confinadas num cubículo
que no meu entender
cabe apenas um único demônio

A imagem dolorida permanece latejando, impossível digerir,
não encontro respostas no campo do sentimento

Nessa noite
fui na companhia de alguns amigos
a uma carceragem
(em Nova Iguaçu),
ao chegarmos encontramos irmãos
iguais a nós,
sentados no chão sujo e frio,
estavam lá à nossa espera
Ali na qualidade de poetas solidários,
levávamos e buscávamos
um pouco de calor humano
e esperança para nós e para aquelas pessoas habitantes do inferno

Acredito que estar enterrado numa carceragem,
nos equinócios de um hospício,
nos trapos de um leito hospitalar
ou nos egoísticos acordes de si mesmo,
é degradante

Edu Planchêz