quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Desenho de giz na noite funda de estrelas.

Quem escreveu esse foi io meu Irmão João Marcelo Planchêz q mora em São José dos Campos:
---------------------------------
Desenho de giz na noite funda de estrelas.

A noite está apenas começando, existe um certo suspense, as ruas estão vazias, já passa das vinte três horas.
A avenida principal da cidade é extensa, sobre o asfalto circula o silêncio, que por hora traduz em tom escuro a vaidade destas esquinas, que vem se misturar às aparições coloridas, exibindo ao longo da calçada suas fragrâncias chamativas, bem dizendo, mulheres cujo beijo proibido à cidade acontece desejando seus corpos.
Os olhos percorrem a flor da tentação, querendo despedir-se no espelho alquimico, é a maneira sexual dos anjos, que se fartam em seus corpos.
A noite resume –se num passeio de alcunhas anônimas, existe celebridade, porque de fato é uma arte a sedução.
Elas, intrinsecamente carregam em suas entranhas uma essência sem culpa, vem ao encontro de uma cura final para um vazio labirinto do desejo.
A lua, as estrelas, as dimensões, silhueta sem alma, sem beijo na boca, o amor se disfarça em encontros casuais.
Estas poucas mulheres não herdam o apocalipse de certas Marias, são anjos ou demônios, que tatuam em suas vidas o deus lascivo da vontade.
A cidade oculta os passageiros da luxuria, aos poucos vai se colocando em papel passado à extensão dos leitos não oficiais, isso acontece só em dados estatístico, dificilmente vem à tona o número do colegiado dos filhos das outras.
Seria não navegar a verdade, se não podermos anunciar intimamente os sussurros e gemidos em portas fechadas, nos hotéis baratos, a ocupação de certas pessoas que cuja herança de família é repudiar a má causa, é pecar às escondidas.
Quantos são aqueles que levam o bom nome e nenhum passado bate em suas portas, mas tudo sempre ocorre do mesmo jeito, porque todo o processo é frágil, elas não se pertencem mais, a vida fica lá fora nas esquinas!
O presente não se figura mais, o passado sempre espreita sem tempo, com memórias, no fundo existe uma adolescente molestada, um quadro terrível, um drama, algo que ninguém esquece, o que jamais irá secratizar, mesmo cauterizado com o paliativo, no lugar do coração vai pulsar uma pedra de gelo.
A noite é uma criança feliz, estas mulheres precisam se sentir vivas, maquiagem básica, pintadas para o estrelado, economizam lágrimas, desabam um sorriso sobre a face amargurada, a bailarina dança sua sina, novamente a menina acha-se nos braços da noite, o encantamento não vai durar para sempre, mas longe se vê o desenho de giz na noite funda de estrelas.

Marcelo Planchez

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei!


Parabésn pela sua criatividade !


Beijos .